segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

A carta que nunca escrevi...

Continuamos a perder-nos nos espaços vazios de quem está só!
Como se a solidão fosse passaporte para um amanhã de esperança...
Lembro-me, pausadamente, como aquela estranha acomodação de quem não se entende bem na vida, fustigada por qualquer coisa indefinível, confusa, que nos afasta e nos une, como se fôssemos marionetas manobradas pelo lado errado do Cupido.
A distância...esbate-nos os encontros!
Apenas nos vemos, lembrando silhuetas que já nem sabemos se são reais ou fantasias de quem foi amado e amou.
A distância...tem o acre sabor de um adeus que nunca se concretizou.
Entre nós, não há nada! Nem adeus!
Não houve palavras, nem explicações, receando que os olhares quebrassem esse orgulho de quem se sentia dona da razão, movido pela imperiosa necessidade de clarificar o lado exacto da vida.
Era tão urgente tornarmo-nos mortais, frágeis...
Corremos uma para a outra e dizer...sem falar...
Tanta saudade, meu amor!

1 comentário:

OLHAR VAGABUNDO disse...

que tenhas palavras belas e só tuas neste teu novo desafio....
beijo vagabundo